Muito prazer, eu sou normal!

“ Mesmo magra, Adriane Galisteu quer perder 2 kgs”

Quando eu li a chamada acima, não acreditei no que meus olhos liam. Quanta banalidade, senhor! Até quando nós, mulheres normais, vamos ter que ler esse tipo de “noticia”?

Estou saturada de tanta mulher esquelética, vestindo tamanho 30, estampando manchetes de revistas direcionadas as pobres mortais como eu, que acordam de madrugada, engolem um café da manhã com pão seco e vão para a batalha. Será que esses “exemplos” de beleza sabem que existe vida além da academia?

Como se não bastasse, a rede globo também resolveu entrar no clima, agora o assunto é drunkorexia (anorexia alcoólica).

Acho válido chamar atenção para um problema cada vez mais comum nesse mundo de meu Deus, mas que tal um pouco mais de realismo? Somos de um país onde as mulheres possuem curvas, bunda, pernas grossas são totalmente sem sentindo e cruel abrir uma revista e dar de cara com a Adriane Galisteu se achando gorda e Thais Araujo gostosa. Me poupe, só tem osso nessa parada!

Sempre tive problemas com a balança, nunca fui magra, nem alta, nem loira, o que me rendeu (e ainda rende) muitas sessões de terapia, um sério problema de auto-estima e amor próprio.

Eu luto tanto pra me livrar dessa maldita neura com relação ao peso, mas seria hipócrita se dissesse que não me importo.

Mas a vida é assim, cabe a nós superar as dificuldades*, enfrentar os obstáculos**, e perceber que só é feliz quem não segue padrões impostos pelo mundinho fashion. E não me venha com lipo, silicone e mulheres frutas porque vulgaridade também não é sinônimo de beleza.

E vamos beber porque comer engorda!